O Grupo SideWalk, conhecido por suas lojas de artefatos de couro, entrou com um pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). A dívida da empresa está avaliada em R$ 25,57 milhões. A decisão foi tomada para tentar reestruturar as finanças e garantir a continuidade das operações.
Pedido de Tutela de Urgência
A empresa solicitou a concessão da tutela de urgência para antecipar o “stay period”, que é o período de suspensão das ações e execuções contra a empresa. O TJSP aceitou o pedido, suspendendo a prescrição das obrigações dos devedores sujeitas à recuperação judicial e as execuções ajuizadas contra eles.
Principais Credores
Os principais credores da SideWalk incluem bancos como Santander, Bradesco, Daycoval e Sofisa. A decisão judicial também proíbe qualquer forma de retenção, penhora ou apreensão dos bens dos devedores, garantindo que os serviços essenciais não sejam interrompidos.
Motivos da Crise
A empresa atribui a crise financeira a vários fatores, incluindo a pandemia de Covid-19, que interrompeu as atividades e prejudicou as vendas. Além disso, os locadores continuaram a cobrar aluguéis altos durante a pandemia, e houve um aumento significativo nos impostos e nos custos das mercadorias.
Impacto da Pandemia
A pandemia teve um impacto devastador nas operações da SideWalk. As vendas foram severamente afetadas, e a empresa enfrentou dificuldades para manter o fluxo de caixa. A alta nos preços de matérias-primas como borracha e algodão, que aumentaram em 30%, também contribuiu para a crise.
Aumento das Temperaturas
Outro fator que afetou as vendas foi o aumento das temperaturas médias, mesmo durante os meses de inverno. As vendas da SideWalk dependem de temperaturas mais frias, e a alta nas temperaturas resultou em uma queda de 15% nas vendas nos últimos 10 meses.
Continuidade das Operações
Apesar da crise, a SideWalk continua operando normalmente em suas lojas próprias, no Centro de Distribuição e na Central Administrativa. As 20 franquias espalhadas pelo país não fazem parte do pedido de recuperação judicial e não são impactadas pela decisão.