Luciana Santos abriu o 3º Congresso da Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Sustentáveis em Foz do Iguaçu (PR)
OBrasil tem potencial e experiência consolidada para liderar a produção e o uso de biocombustíveis no mundo. A declaração da ministra da Ciência Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, marcou a abertura do 3º Congresso da Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Sustentáveis (RBQAV), nessa segunda-feira (17), em Foz do Iguaçu (PR). Até o dia 19, o evento trará apresentações de trabalhos, palestras e uma feira tecnológica voltadas à interação e ao desenvolvimento do setor de combustíveis sustentáveis.
“O Brasil reúne todas as condições para liderar a transição energética. Mais de 80% da nossa energia elétrica provém de fontes renováveis, e temos trabalhado para aumentar essa participação em nossa matriz de combustíveis. Precisamos continuar investindo em novos parques de geração de energia e em soluções como a agricultura de baixo carbono, infraestrutura verde e biocombustíveis. O Brasil possui potencial e experiência consolidada para liderar mundialmente a produção e o uso de biocombustíveis”, afirmou a ministra.
O congresso reúne pesquisadores, empresas e profissionais da cadeia produtiva de combustíveis sustentáveis e é a principal ferramenta de divulgação
científica e tecnológica da Rede. A abertura do Congresso foi realizada no mesmo dia da inauguração da primeira planta de produção de combustível sintético a partir do biogás, instalada em Itaipu.
O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Guila Calheiros, afirmou que o papel da SETEC é manter e apoiar as redes de pesquisa que impulsionam os projetos de inovação. Ele também apontou a importância do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e da Nova Política Industrial Brasileira.O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou que o Brasil tem uma grande janela de oportunidades no setor de combustíveis sustentáveis, inclusive por meio de debates no Congresso Nacional para a descarbonização no setor de aviação.
“O Brasil será nos próximos 10 anos o maior produtor mundial de Combustível Sustentável para Aviação (SAF, na sigla em inglês). Eu não tenho dúvida. A gente tem um grande potencial no setor. Não vai faltar oportunidade para aqueles que produzem SAF venderem esse novo combustível verde para a aviação brasileira”, declarou.
“O que a gente tem como papel fundamental na SETEC é estruturar os programas e ações em redes, os sistemas de laboratórios, para que nossos centros de pesquisa trabalhem em conjunto, em parceria com o setor privado, levando esse conhecimento através de produtos e serviços para a sociedade”, explicou Calheiros.
Já a presidente do 3º Congresso da RBQAV e pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Amanda Duarte, frisou como o conhecimento científico produzido na academia contribui para o avanço da inovação. “Como universidade, participamos de uma política pública e contribuímos com a riqueza do país. Aqui estão diversos pesquisadores se debruçando a estudar, desenvolver tecnologia, dispostos a tirar os entraves tecnológicos para romper no desenvolvimento tecnológico”, finalizou.